2017 promete…

Há muito não escrevo no Blog, há mais de seis meses.

Vanessa Fontana

Muitas mudanças ocorreram tanto na minha vida pessoal quanto no Brasil. Fui demitida do UNINTER, após 15 anos, a alegação foi de que o meu salário era muito alto… e com esse valor poderiam pagar 04 mestres… Setor privado é assim… Daí me pergunto, qual o valor de um Doutor no Brasil? – A minha demissão deixou bem claro… qual é o valor… é uma coisa… tipo fast food…  Entrei na justiça para reparar esse erro, que entendo ter sido a minha demissão, pois a legislação é muito clara em relação a isso, artigo 93 da Lei  8213/1991. Pois bem, entramos com uma medida cautelar…. Atenção… 06 meses se passaram e ainda não há uma decisão em relação a reintegração. Justiça que é lenta não é justiça….

Pois bem, quanto ao Brasil… na política e na economia, decepção mais decepção. A morte do Ministro Teori Zavascki me abalou de uma forma contundente, como pode isso ter ocorrido? – Michel Temer se apresentou muito menos comprometido com a melhoria do Brasil do que eu imaginava. Tem habilidade política sim, mas o seu intuito é mudar para manter tudo igual. Está difícil, muito difícil. Agora o PT se aliando ao PMDB para destruir a Lava Jato…

Será que o Brasil tem jeito? – Doutores são demitidos porque são caros…. os cargos públicos comissionados lotados de pessoas cobrando favores… tecnicismo nenhum, com raras exceções, enquanto isso, nós brasileiros, pagamos o preço:, saúde péssima, educação péssima….segurança péssima, trânsito péssimo…. tudo péssimo….

 

O vice de Gleisi: Jorge Bernardi?

O final de semana é de Copa e também dos vices, aqui no Paraná.

 

Gleisi Hoffmann

Senadora – Gleisi Hoffmann

É importante, chamar atenção que em função das negociações tanto do PDT quanto do PT e das demandas de cada um, Gleisi acertaria ao conquistar como seu vice-governador, o Vereador Jorge Bernardi, perfil conciliador, político experiente, com formação acadêmica consistente, (concluindo doutorado) e profundo conhecedor dos dilemas e  dos problemas dos paranaenses, seria um grande aliado ao Projeto de Governo de Gleisi para o Paraná.

Vereador Jorge Bernardi

Vereador Jorge Bernardi

É óbvio que temos que considerar os intentos do PDT. Tenho certeza que Bernardi agrega à Campanha Eleitoral de Gleisi, mas temos que observar o que isso acrescenta ao PDT e ao PT, pois ao falarmos de política a palavra chave é projeto. Um projeto de partido,  um projeto de governo, projetos para o Estado do Paraná e nunca de projetos pessoais, em tese, ao menos.

Agora cabe observar, se esses projetos e objetivos  se complementam e respeitam as identidades partidárias. O PDT não tem vocação Nacional, ao contrário, é um partido voltado para o Município e para Estado, o que aparentemente complementa a vocação petista de poder.

 

Gleisi Hoffmann apontada como Polícia Política no Senado

Acabo de assistir  na TV Senado o “debate” para não dizer a “discussão” entre o Senador Aécio Neves e a Senadora Gleisi Hoffmann, no popular, “a chapa esquentou”.

Gleisi Hoffmann

Gleisi Hoffmann

A Senadora repreendeu os demais senadores, citou nominalmente o Senador Aécio Neves em relação a instalação de uma CPI da Petrobrás e disse que o objetivo da oposição é prejudicar a Presidente da República em ano Eleitoral, ou seja, a CPI teria fins eleitoreiros.

A Senadora não respeitou as regras do Regimento Interno em seus Institutos de aparte, questão de ordem, etc. e entrou num bate boca com o Senador Aécio Neves, havendo reclamação dos demais Senadores nesse sentido.

O mais interessante foi a fala do Senador Pedro Taques – PDT/MT que disparou sem nominar (mas para quem assistiu ficou muito claro), que há senadores que estão naquela Casa como Senadores da Presidente da República e não como Senador da República, e que ele na condição de Senador juramentado não aceita uma Polícia Política dentro do Senado e no seu Mandato como Senador da República. Considerou um absurdo a consideração de determinados colegas que desrespeitam a Constituição, que assegura o papel do Senado Federal, que é de fiscalizar e não de policiar politicamente os pares.

 

 

Meus embargos infringentes

tempos difíceis

tempos difíceis

 

Pois bem,  dias difíceis, tempos difíceis, um país difícil!

Fiquei desolada e já penso em mudar de país, tamanha a minha vergonha com a postura do STF, o voto do último Ministro considerei pessoal, a medida que no Brasil e o nível judicial no qual o mensalão foi julgado é no mínimo estranho que a ampla defesa e o contraditório não tenham sido cumpridos em sua plenitude, daí os embargos infringentes.

Para mim a justiça está dando uma chance POLÍTICA  e não JURÍDICA, para os atores políticos em questão e que também podem ser chamados de quadrilheiros. O PT tem se apresentado como um partido muito perigoso e que beira ao fascismo. O PT não aceita as divergências próprias da democracia e nem da Justiça, pois mudou a configuração existente e aproveitou de aposentadorias para colocar lá os seus defensores, um verdadeiro escárnio com os brasileiros e com a nossa combalida democracia, isso sem mencionar o Dias Toffoli.  Essas nomeações tem que mudar a Justiça não pode estar subjugada a indicações políticas do Executivo.

Para mim há INFRINGENTES MAIS importantes e sobre os quais o Ministério Público, as esferas da Justiça, os Executivos e Legislativos deveriam debruçar-se.

EXEMPLOS:

Todos os dias milhares de brasileiros tem o seu direito a saúde, a educação, a habitação e a alimentação: SIMPLESMENTE…. Descumpridos, transgredidos, violados,  INFRINGIDOS. Não vejo nenhum debate, pois eles (os mensaleiros)  tem o melhor porque tem recursos financeiros para pagar pelo melhor! O melhor advogado e quem sabe até juízes. Agora a classe média se quiser acessar a justiça pode parcelar uma ação em 10 vezes no cheque. O que daria a bagatela de 10 vezes de R$ 590,00. Bom, um trabalhador que ganha salário mínimo está bem longe de poder acessar a tal JUSTIÇA….

Quero saber quem na fila do INSS tem direito a ampla defesa e o contraditório quando são extremamente humilhados ao pleitearem um benefício pelo qual pagaram? Esse país efetivamente não é sério. E é assim que vivemos em meio a pilhérias, pois não temos o direito de INFRINGIR….

O fascismo do PT contra os médicos

 

Folha de São Paulo

02/09/2013

Por

Luis Felipe Pondé

luis felipe pondé

luis felipe pondé

 

O PT está usando uma tática de difamação contra os médicos brasileiros igual à usada pelos nazistas contra os judeus: colando neles a imagem de interesseiros e insensíveis ao sofrimento do povo e, com isso, fazendo com que as pessoas acreditem que a reação dos médicos brasileiros é fruto de reserva de mercado. Os médicos brasileiros viraram os “judeus do PT”.

Uma pergunta que não quer calar é por que justamente agora o governo “descobriu” que existem áreas do Brasil que precisam de médicos? Seria porque o governo quer aproveitar a instabilidade das manifestações para criar um bode expiatório? Pura retórica fascista e comunista.

E por que os médicos brasileiros “não querem ir”?

A resposta é outra pergunta: por que o governo do PT não investiu numa medicina no interior do país com sustentação técnica e de pessoal necessária, à semelhança do investimento no poder jurídico (mais barato)?

O PT não está nem aí para quem morre de dor de barriga, só quer ganhar eleição. E, para isso, quer “contrapor” os bons cidadãos médicos comunistas (como a gente do PT) que não querem dinheiro (risadas?) aos médicos brasileiros playboys. Difamação descarada de uma classe inteira.

A população já é desinformada sobre a vida dos médicos, achando que são todos uns milionários, quando a maioria esmagadora trabalha sob forte pressão e desvalorização salarial. A ideia de que médicos ganham muito é uma mentira. A formação é cara, longa, competitiva, incerta, violenta, difícil, estressante, e a oferta de emprego decente está aquém do investimento na formação.

Ganha-se menos do que a profissão exige em termos de responsabilidade prática e do desgaste que a formação implica, para não falar do desgaste do cotidiano. Os médicos são obrigados a ter vários empregos e a trabalhar correndo para poder pagar suas contas e as das suas famílias.

Trabalha-se muito, sob o olhar duro da população. As pessoas pensam que os médicos são os culpados de a saúde ser um lixo.

Assim como os judeus foram o bode expiatório dos nazistas, os médicos brasileiros estão sendo oferecidos como causa do sofrimento da população. Um escândalo.

É um erro achar que “um médico só faz o verão”, como se uma “andorinha só fizesse o verão”. Um médico não pode curar dor de barriga quando faltam gaze, equipamento, pessoal capacitado da área médica, como enfermeiras, assistentes de enfermagem, assistentes sociais, ambulâncias, estradas, leitos, remédios.

Só o senso comum que nada entende do cotidiano médico pode pensar que a presença de um médico no meio do nada “salva vidas”. Isso é coisa de cinema barato.

E tem mais. Além do fato de os médicos cubanos serem mal formados, aliás, como tudo que é cubano, com exceção dos charutos, esses coitados vão pagar o pato pelo vazio técnico e procedimental em que serão jogados. Sem falar no fato de que não vão ganhar salário e estarão fora dos direitos trabalhistas. Tudo isso porque nosso governo é comunista como o de Cuba. Negócios entre “camaradas”. Trabalho escravo a céu aberto e na cara de todo mundo.

Quando um paciente morre numa cadeira porque o médico não tem o que fazer com ele (falta tudo a sua volta para realizar o atendimento prático), a família, a mídia e o poder jurídico não vão cobrar do Ministério da Saúde a morte daquele infeliz.

É o médico (Dr. Fulano, Dra. Sicrana) quem paga o pato. Muitas vezes a solidão do médico é enorme, e o governo nunca esteve nem aí para isso. Agora, “arregaça as mangas” e resolve “salvar o povo”.

A difamação vai piorar quando a culpa for jogada nos órgãos profissionais da categoria, dizendo que os médicos brasileiros não querem ir para locais difíceis, mas tampouco aceitam que o governo “salvador da pátria” importe seus escravos cubanos para salvar o povo. Mais uma vez, vemos uma medida retórica tomar o lugar de um problema de infraestrutura nunca enfrentado.

Ninguém é contra médicos estrangeiros, mas por que esses cubanos não devem passar pelas provas de validação dos diplomas como quaisquer outros? Porque vivemos sob um governo autoritário e populista.

 

Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de vários títulos, entre eles, “Contra um mundo melhor” (Ed. LeYa). Escreve às segundas na versão impressa de “Ilustrada”.

Lewandowski e Roberto Barroso: péssimos indícios de função pública

Puxa Saco

Puxa Saco

Puxa vida, fiquei no mínimo estupefacta com os elogios do Ministro Roberto Cardoso ao José Genoíno, parece que a linha de atuação dele já foi definida defender o PT. Eu nunca vi uma coisa daquela, parece palanque e não um sessão do Supremo. Não bastasse os arroubos de defesa realizado pelo Lewandowski agora temos mais um apreciador do PT.

Isso faria o velho e bom Weber desistir da profissão….

A Revolta do Vintém: ano 2013

Revolta do Vintém, 1879

Revolta do Vintém, 1879

18 de junho de 2013, definitivamente entrou para a história, dia de completa agitação em função do ressurgimento da sociedade civil brasileira, após anos de silêncio, praticamente 20 anos. Essa era uma inquietação intelectual que não me deixava em paz. Que atores sociais surgiriam já que a  Central Única dos Trabalhadores – CUT e o PT alçaram o status de governo, ocorreu um esvaziamento.

Um Brasil achincalhado, um sistema insatisfatório de saúde, educação, transporte público e muita, mas muita corrupção! Sem falar no esbanjo com a Copa do Mundo.  O esvaziamento existente nos partidos políticos, ou seja, essas pessoas que estão nas ruas não se sentem representados pelos políticos ou pela política partidária, nenhum partido político conseguirá capitalizar essas mobilizações, pois estão sendo veementemente rejeitados no meio da mobilização.

Quem são essas pessoas? Observando, são jovens-estudantes, jovens-adultos, trabalhadores e trabalhadores, idosos e idosas, cansados, exaustos de observarem o caos diante de seus olhos e que resolveram tomar as ruas por conta dessa insatisfação.

A revolta do vintém contemporânea é a luta pelo reconhecimento e a redistribuição econômica e social…

 

Rubens Bueno uma voz dissonante no Congresso

brasil.2

Acabo de ouvir pela TV Câmara um discurso do Deputado Federal Rubens Bueno, uma fala inflamada invocando os áureos tempos do PT, quando o mesmo era oposição. Aliás onde funcionava muito melhor do que como governo.

A fala do Bueno trás alento, pois alguém teve coragem de colocar o dedo na cara do governo federal e dizer “vocês não são os únicos e o seu governo tem falhas e faz politicagem sim”. O governo petista diferentemente do que divulga e pretende ser não é hegemônico, ou ao menos temos que lutar para que não seja, pois a hegemômia quando vivificada significa o fim da democracia, esta sim, constituída de realidades e hegemônias parciais.

As posturas de embate deveriam ser o mote do Congresso e não os confetes e homenagens passageiras.

Cientista político diz: é o bairro que importa

Por

Rosana Félix

Lideranças do PT foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e também por parte da opinião pública, que torcia pelos votos dos ministros como os telespectadores de Avenida Brasil torcem pela Carminha. Mas, mesmo assim, o partido cresceu nas eleições de 2012. O cidadão brasileiro mostra, mais uma vez, que age com uma dinâmica muito diferente da esperada pelos nossos políticos.

As campanhas eleitorais dos partidos contrários ao PT usaram e abusaram das referências ao julgamento do mensalão, destacando que as lideranças do partido estavam no banco dos réus e depois haviam sido condenadas. Os jornais, televisões, rádios e portais de internet acompanharam o julgamento com muitos detalhes. Os comentários nas redes sociais sobre a atuação do relator do caso do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, comprovam que o tema teve ampla repercussão.

Muitos analistas já apontaram que o que move o eleitor em uma eleição municipal tem pouco a ver com ideologia do partido, e por isso a estratégia eleitoral de colocar o PT contra a parede não tem surtido efeito.

De fato, o que inspira o eleitor em uma disputa municipal é a perspectiva de conseguir resolver problemas locais. A preocupação é se a rua onde se mora tem asfalto e calçada, se o módulo policial do bairro funciona ou não (isso quando ele existe), se os ônibus vão vir no horário, se os parques vão ganhar iluminação, se haverá ciclovia na vizinhança ou se ela só estará disponível para poucos afortunados, se há praças com equipamentos adequados…

Esses assuntos são a prioridade para o eleitor, e por isso as referências sobre a ligação de um candidato ou outro ao partido do mensalão não tem espantado os eleitores. De acordo com o cientista político Alberto Carlos Almeida, a eficiência eleitoral do PT continuou aumentando agora em 2012. Em artigo publicado ontem pelo jornal Valor Econômico, ele diz que em 1996 o PT elegeu apenas 10% de todos os candidatos a prefeito lançados pelo partido. Quatro anos depois, 14% foram eleitos. Em 2004, quando Luiz Inácio Lula da Silva estava no início do mandato como presidente do Brasil, a eficiência chegou a 21%. Na eleição seguinte, dois anos após o escândalo do mensalão ter vindo à tona, o PT elegeu 30% dos seus candidatos. Agora, em 2012, considerando apenas o primeiro turno, esse porcentual chegou a 35%.

Almeida pondera que o ritmo de crescimento desacelerou, mas diz que é impossível concluir se isso se deve ao julgamento do mensalão ou não. O fato é que o PT teve o maior índice de eficiência eleitoral municipal, e vem se aproximando do desempenho obtido por outros grandes partidos que costumam lançar apenas candidatos competitivos, com chance de vitória. Segundo o cientista político, PSDB e PMDB seguem essa cartilha, e por isso têm alta eficiência nas eleições municipais (veja tabela abaixo).

Curitiba

Durante o período eleitoral, a Gazeta do Povo convidou os eleitores a participarem de uma enquete, para apontar quais as áreas que precisam de melhorias dentre dez (segurança, infraestrutura, cultura, mobilidade urbana, saúde, educação, meio ambiente, esporte e lazer, políticas sociais e habitação). Das cerca de 900 pessoas que usaram a ferramenta “Demandas da população”, um terço apontou a segurança como o principal problema. Mas os comentários escritos pelos cidadãos curitibanos que participaram da enquete – cerca de 50 páginas de texto – revelam outras curiosidades. Depois da palavra “segurança”, a que mais aparece é “bairro”. E é justamente isso: é a realidade de cada bairro e a perspectiva de um candidato resolver esses problemas é que vão definir o voto do eleitor, e não o julgamento do mensalão no STF.

Fonte: Gazeta do Povo

http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=1309722&tit=-o-bairro-que-importa