Convenção do “bendito” Fruet entre as “mulheres”

A festa do PDT, PT e PV estava completa. A “nata” pedetista, petista e pé-verde estava toda lá. Gustavo Fruet, sempre muito espirituoso disse algo que poderia ser o seu bordão: “eu sou o bendito Fruet entre as mulheres”. Começou bem, arrancou aplausos e sorrisos das mulheres lá presentes, em destaque: a noiva, a irmã, a Miriam Gonçalves, a Ministra Gleisi, a Vereadora Josete, a Roseli Isidoro…. e essa que vos escreve.

Os Militares, o PT e o PSDB: cálice ou cale-se?

Para os mais jovens…

Recebi alguns e-mails quanto a grafia do post sobre os militares. Segue a explicação.

A grafia cálice da charge é assim mesmo e não cale-se.
O cálice vem de uma música histórica criada em 1973 pelos compositores Gilberto Gil e Chico Buarque. A letra foi considerada como uma resistência a ditadura militar, eles fizeram um trocadilho entre “cálice” e “cale-se” para burlar a censura. Mesmo assim, a música teve dificuldades de passar, há uma mensagem subliminar contida na música, entenderam?

Talvez tenhamos que adotar novamente essas estratégias, uma vez que agora os censurados são os militares.

Segue um trecho da letra:
Cálice

Chico Buarque

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor e engolir a labuta?
Mesmo calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada, prá a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

De muito gorda a porca já não anda (Cálice!)
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!)
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade?
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Talvez o mundo não seja pequeno (Cale-se!)
Nem seja a vida um fato consumado (Cale-se!)
Quero inventar o meu próprio pecado (Cale-se!)
Quero morrer do meu próprio veneno (Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez tua cabeça! (Cale-se!)
Minha cabeça perder teu juízo. (Cale-se!)
Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cale-se!)
Me embriagar até que alguém me esqueça (Cale-se!)